quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Lágrimas de sangue


Lágrimas de sangue
Escorre em meu rosto
Última chibata será?
Sou resistente
Não abaixo a cabeça não.

Aprendi com a minha vó guerreira
Não se deitar com o sinhorzinho
Mais sim resistir
Não se entregar a ele, antes de lutar

Marcas em meu corpo
Eu trago a  história/negra comigo
Nos meus pensamentos
Na ancestralidade
A flora ao vento

Sou nagô,sou banto
Tenho todos ele em meu corpo
Na trança eu traço meu destino
As cores em meu cabelo, não são a toa

O branco olha
As crianças acham graça
Perguntam se eu lavo o meu cabelo, se fede muito

O preconceito....

Esbarro nele, no dia a dia
Na porta de casa até na garage privativa
Preta, neguinha, gorda, cabelo de bom bril
Escuto isso desde pequena
Mais não me abalo
 Pois sou guerreira.

   

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