Lágrimas
de sangue
Escorre
em meu rosto
Última
chibata será?
Sou
resistente
Não
abaixo a cabeça não.
Aprendi
com a minha vó guerreira
Não
se deitar com o sinhorzinho
Mais
sim resistir
Não
se entregar a ele, antes de lutar
Marcas
em meu corpo
Eu
trago a história/negra comigo
Nos
meus pensamentos
Na
ancestralidade
A
flora ao vento
Sou
nagô,sou banto
Tenho
todos ele em meu corpo
Na
trança eu traço meu destino
As
cores em meu cabelo, não são a toa
O
branco olha
As
crianças acham graça
Perguntam
se eu lavo o meu cabelo, se fede muito
O
preconceito....
Esbarro
nele, no dia a dia
Na
porta de casa até na garage privativa
Preta,
neguinha, gorda, cabelo de bom bril
Escuto
isso desde pequena
Mais
não me abalo
Pois sou guerreira.